segunda-feira, 5 de setembro de 2016

O Positivismo de Auguste Comte

Para entendermos o positivismo é preciso conhecermos seu criador: August Comte e a época em que vivia.  Auguste Comte nasceu em 1798 e faleceu em 1857, tendo vivido em um período rico em descobertas científicas e invenções, quando também o desenvolvimento das cidades era intenso e emergia um espírito de valorização dos avanços científicos.

Formado na escola politécnica e adepto da objetividade científica, ele propôs-se analisar os fenômenos sociais com a mesma objetividade das ciências exatas. Para ele, os fenômenos sociais, assim como os fenômenos naturais, podem ser analisados de forma racional e sistemática, buscando-se as relações entre os fatos. Isto significa romper com a teologia e a metafísica. Seu interesse não é mais entender as causas externas dos fenômenos como, por exemplo, a criação do homem. Agora o interesse está voltado à busca de conhecimentos práticos presentes na vida em sociedade. Comte seguia três princípios:
1. O fenômeno social deve ser analisado considerando-se todo o contexto em que está inserido. Não se deve analisar o fenômeno social de forma isolada e sem correlacionamento com a sua história.

2. O conhecimento é passado de geração para geração_ e por este motivo progride. Assim, o estágio do conhecimento de uma determinada sociedade, ou seja, o seu grau de evolução é coerente com a sua organização social.

3. O homem é o mesmo por toda a parte e em todos os tempos por compartilhar as mesmas características biológicas. (LAKATOS; MARCONI, 1999)

Com base nestes princípios, segundo ele, a sociedade tende a evoluir no mesmo sentido passando por um processo de evolução na forma de obtenção do conhecimento. Esta evolução ele chamou de Lei dos Três Estados.

Lei dos Três Estados

Para Comte a história da civilização esta dividia em três fases:
1.  Fase Teológica ou mitológica: Esta fase representa o início da história da civilização humana, portanto a forma mais atrasada da sociedade. Nela, devido à falta de conhecimento: as explicações dos fenômenos sociais e naturais como, por exemplo, a morte, se faziam por meio do sobrenatural.
A fase teológica pode ser subdividida em três períodos: O período fetichista que acredita na força sobrenatural da “feitiçaria”, de alguns animais e até mesmo de objetos. Em seguida, há o período politeísta que prega a existência de vários Deuses. Os fenômenos eram explicados pela vontade divina. Assim, se a sociedade sofresse com alguma peste, isto aconteceu porque Deus os castigou. Desta forma, era prudente não “zangar” os deuses e, como tudo era vontade divina, a sociedade pouco caminhava rumo a evolução. O último período foi o monoteísta que pregava a existência de um único Deus criador e responsável por tudo que acontece. Em todos estes períodos as explicações racionais se limitavam à imaginação, isto é, se limitavam ao campo da abstração.

2. A segunda fase é a filosófica ou metafísica: Os constantes conflitos internos entre as entidades religiosas nos séculos XIV e XV enfraqueciam as explicações baseadas na vontade divina e fortaleciam as explicações racionais dos fenômenos. Embora a fase teológica e a fase metafísica tivessem por objetivo entender a natureza íntima das coisas e o porquê elas acontecem, ambas se diferenciam uma vez que ao se utilizarem dos princípios metafísicos, estes põem em cheque o medo e a subordinação do homem ao sobrenatural. Como os princípios metafísicos continuam no âmbito abstrato, para estes filósofos, para se entender o mundo físico, observável, é preciso buscar sua natureza que é abstrata. Um exemplo é dado por Bazarian (1986, p.27) “no século XVIII, o químico Stall, por desconhecer a verdadeira causa da combustão dos corpos, imaginou um fluído que ele chamou de ‘flogísmo’ e que seria o responsável pela combustão. Por exemplo,  o algodão pega fogo porque tem a qualidade flogísta”.

Embora a fase metafísica continue trabalhando o conhecimento de forma abstrata, ela teve sua importância ao questionar as explicações divinas e iniciar o interesse por explicações racionais. No âmbito político, isto enfraqueceu o poder dos reis e fortaleceu o poder jurista e, conseqüentemente o surgimento do Estado.

3. Fase Científica, que emergiu no início do século XVI: Os estudos de Descartes e as descobertas de Galileu Galilei enfraqueceram os conhecimentos com bases teológicas e metafísicas porque os avanços científicos não se interessavam mais em buscar explicações para fenômenos externos como, por exemplo, a origem ou criação do homem. Agora busca-se o conhecimento prático que está presente e é observável na vida do homem como, por exemplo, as leis, a sociedade e suas relações e a ética entre outros. No século XIX as descobertas científicas e invenções estavam no auge, a cidade se desenvolvia rapidamente criando uma valorização da ciência. Desta forma, as explicações de cunho abstrato foram substituídas pelo desejo de encontrar as leis e descobertas comprovadas que regem os fenômenos. E para isto adotou-se o uso metodológico observação-experimentação-repetição. É nesta terceira fase que se encontra o positivismo. (OLIVEIRA et. al., 1998)

“ Ciência torna-se uma palavra mágica ; é o novo mito que sobrevive até hoje no culto dos valores materiais, visíveis, tangíveis, com descaso e até com desprezo pelos valores invisíveis e intangíveis” (OLIVEIRA et. al, 1998 p. 54)

Segundo Oliveira et. al (1998), Comte percebeu que, mesmo com os avanços na vida em sociedade, o homem ainda não tinha maturidade para agir sem uma orientação filosófica e precisa de uma autoridade que os guie. Assim, acreditava que, por algum motivo, as pessoas aceitavam a autoridade religiosa e, então, ele criou uma nova religião para a humanidade que buscava difundir os princípios positivistas.

Esta religião tinha o objetivo de guiar as pessoas rumo à organização e progresso social valorizando a humanidade e o progresso científico. Havia cultos públicos e privados, pregações, missões, orações e outras ações existentes em outras religiões, principalmente a católica. Inspirado no calendário católico que homenageia os santos, Comte chegou a criar um calendário para homenagear heróis da humanidade tais como Platão, Aristóteles, Kant entre outros.

Seus princípios são: 
1. a única fonte da verdade é a experiência; 
2. a observação dos fatos é o começo de toda ciência; 
3. o conjunto, a soma de todos esses conhecimentos científicos constitui a filosofia; 
4. pelo fato de nós não podermos conhecer nada além da experiência, qualquer especulação abstrata, qualquer metafísica, em suma, qualquer filosofia é-nos impossível; 
5. tudo se reduz ao fenômeno Material; 
6. =estes fenômenos materiais são determinados por leis fixas (determinismo); 
7. para sairmos desse determinismo, é necessário conhecer essas leis, é necessária a pesquisa científica, a única que nos permite conhecer as leis da Natureza(OLIVEIRA et. al 1998, P. 55)

Apesar de o positivismo ter tido grande aceitação na Europa e em outros países, como o Brasil, e as ideias de Comte foram duramente criticadas pela tradição filosófica marxista.

Embora tenha criado uma religião para difundir os princípios positivistas, Comte  também ficou conhecido como “destruidor das religiões” porque ele atacou ferozmente as crenças com base no sobrenatural chegando a chamá-las de primeiro estágio da civilização humana, portanto altamente imatura. 

Métodos e Atitudes Positivistas

A maneira positivista de pensar está presente na terceira fase da civilização humana descrita por Comte. Vimos, também, que nesta fase a imaginação perde lugar para a observação e comprovação. O conhecimento científico é supervalorizado a ponto de Comte dizer que a verdade está com os cientistas e não com os teólogos. Desta forma, o pensamento positivista está fundamentado na comprovação científica. Esta já é a forma de pensar das ciências exatas tais como matemática física e química. Segundo Comte estas disciplinas, por serem menos complexas no sentido de poderem ser analisadas sem considerar o todo que as compõe, são mais fáceis de pensar positivamente. Mas chegou o momento de transpormos este modo de pensar para as ciências mais complexas como, por exemplo, a biologia e a política, chegando, enfim ao método de estudar a sociedade. Tal estudo teve o nome de física social e, posteriormente, sociologia.

Comte afirma que não há como estudar a sociedade de forma isolada, ou seja, sem considerar o todo social e sua história, como ocorre na matemática e outras ciências exatas (ARON, 1999). Vejamos um exemplo prático: Somente podemos explicar a lei de cotas racial se fizermos uma análise história. Assim, veremos que no passado os negros eram vistos como seres inferiores e sem alma e isto justificava a sua escravidão. Hoje, embora propaguemos o discurso de que todos somos iguais, observamos que os negros continuam marginalizados e, para combater essa discriminação, é preciso criar leis que mudem o comportamento social. Por isto temos a Lei nº 12.711/2012 referente às cotas raciais em algumas universidades.  É impossível explicar a existência das cotas raciais nas universidades sem entender a história da humanidade.

Cabe ressaltar que Comte acreditava que a análise dos fatos sociais não deve se limitar ao seu entendimento; é preciso colocar o conhecimento em prática. Segundo ele é preciso “ver para prever, a fim de prover”, ou seja, é importante conhecer a vida em sociedade e tudo o que ela envolve para que possamos prever as consequências de nossas ações. Se conseguirmos prever estas conseqüências, conseguiremos escolher as melhores ações que levarão a sociedade rumo ao progresso.

 A frase ‘ordem e progresso’ escrita na Bandeira do Brasil mostra que a nossa independência teve forte influencia do positivismo. Esta frase foi inspirada na premissa positivista de ‘amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim’.

Neutralidade da Ciência

Até aqui vimos como obtemos o conhecimento por meio da ciência, mas ficam algumas perguntas: O que é conhecimento? Como adquirimos? O que é a ciência? E o conhecimento científico? É possível o pesquisador ter uma postura neutra diante do objeto de investigação em ciências sociais?

Para responder estas perguntas é preciso ter em mente que o homem é um animal que busca entender e dominar o mundo a sua volta, isto está em sua natureza e é o que nos diferencia dos outros animais. Para isto, ele busca o conhecimento que, segundo Platão, é a crença verdadeira e justificada.

Esta frase nos permite concluir que todos os tipos de conhecimento, inclusive o conhecimento científico, partem de uma premissa que nos permite entender o fenômeno estudado até chegarmos a uma verdade. Podemos perceber ainda que, quando surge a dúvida ou quando as nossas crenças não são suficientes para entendermos a realidade, revemos e questionamos o nosso conhecimento e buscamos novas verdades. Cabe ressaltar que o entendimento ou explicação do fenômeno pode ser profundo ou superficial e pode seguir diferentes métodos de investigação. Entendemos que não há um caminho único, ou seja, há vários tipos de conhecimento que se apresentam como uma ordem evolutiva, como veremos a seguir.

Conhecimento Popular ou senso comum: O conhecimento popular ou senso comum é o conhecimento que herdamos sem grandes questionamentos. Suas principais características são: cultural, porque é passado de pai para filho; acrítica, porque não é questionado; superficial, porque não exige comprovação, e passiva, porque não há uma reflexão. Bazarian (1986) nos alerta dizendo que nem sempre este conhecimento é errôneo; ele até pode ser verdadeiro, mas ainda não foi comprovado. Por exemplo, as gerações antigas já diziam que o chá de boldo ajudava a digestão, porém, enquanto isto não foi comprovado, era um conhecimento popular. Após sua comprovação tornou-se um conhecimento científico.

Conhecimento Religioso: Conhecimento religioso ou conhecimento teológico é o conhecimento que parte do princípio de que a existência de Deus é inquestionável e, por isto, não precisa de comprovação. As explicações dos demais fenômenos advêm das explicações divinas, embora possam seguir uma razão lógica como vimos nos estudos de São Tomás de Aquino. Este conhecimento não pode ser comprovado porque parte da crença em experiências espirituais, místicas e sobrenaturais.

Conhecimento Filosófico: Partindo da premissa de que o homem  por ser um animal racional  é capaz de analisar o mundo a sua volta, o conhecimento filosófico critica todo o conhecimento dogmático. Seu princípio é a dúvida metódica, ou seja, duvidar de todas as explicações pré estabelecidas e superficiais.  A reflexão é o ponto chave da filosofia. Refletir sobre um tema significa voltar atrás, pensar no que já foi pensado com um maior rigor lógico, questionar. Não é qualquer reflexão que faz do homem um filósofo, ela precisa ser: 
1. Radical: Busca entender a origem e os conceitos fundamentais. 
2. Rigorosa: Deve ter um método claro para garantir a coerência de sua análise. A linguagem deve ser rigorosa para evitar ambiguidade. É comum criarem-se ternos como forma de evitar o duplo sentido. 3. De Conjunto: Deve analisar o conjunto e não de forma fragmentadas.  O conhecimento filosófico também não é passível de comprovação.

Conhecimento Científico: Como vimos, o conhecimento científico ganhou forças na I Revolução Industrial quando os interesses da sociedade estavam voltados para o seu progresso. O seu objeto de investigação está no universo material, ou seja, busca entender os fenômenos que podem ser observados e, por este motivo, dizemos que a ciência é materialista. No mesmo sentido o seu método de investigação também tem que ser passível de observação e, embora existam diferentes meios, a base está no ciclo de experimentação observação-repetição.  A ciência busca entender as leis gerais que levaram à ocorrência do fenômeno e que sejam universalmente válidas para todos os casos da mesma espécie, ou seja, a ciência busca entender o que causou o fenômeno, se ele dependeu daquilo para que ocorresse e se, sempre que ocorrer sob a mesma circunstância, se repetirá o mesmo fenômeno pesquisado.

Um exemplo do conhecimento científico é a Teoria da Gravidade de Newton. Todos nós já ouvimos a história de que Newton, descansando a sombra de uma macieira foi atingido pela fruta. Ele pensou: Por que esta maçã caiu e não flutuou? Buscou a resposta fazendo um estudo sistemático e passível de observação e chegou a uma lei geral que ele denominou de Lei da Gravidade Universal na qual afirmou que existe uma força que atrai todos os objetos para o centro da terra. Esta força é a gravidade.

Nos dias atuais o conhecimento científico é o mais aceito, mas você já pensou para que serve a ciência? Se ela é neutra? Ou se a única forma de conhecermos a verdade é por meio científico? Afinal, por que a ciência é tão importante para a sociedade?
Já sabemos que os acontecimentos históricos levaram a sociedade a se desenvolver com base nos avanços científicos. No século XVIII o positivismo de Comte pregava que o objetivo da ciência era o melhoramento da qualidade de vida dos homens. Isto nos leva a pensar que a ciência é imparcial e neutra e que seu conhecimento não está subordinado a nenhum interesse de grupos sociais.

Defender a neutralidade da ciência significa acreditar que esta pode ser obtida sem ser influenciada pelos valores sociais e a cultura. Podemos ver este conceito em três teses:
1 Tese da neutralidade temática: a ciência é neutra porque o direcionamento da pesquisa científica, isto é, a escolha dos temas e problemas a serem investigados, responde apenas ao interesse em desenvolver o conhecimento como um fim em si mesmo.
2 Tese da neutralidade metodológica: a ciência é neutra porque procede de acordo com o método científico, segundo o qual a escolha racional entre as teorias não deve envolver, e de maneira geral não tem envolvido, valores sociais.
3 Tese da neutralidade factual: a ciência é neutra porque não envolve juízos de valor; ela apenas descreve a realidade, sem fazer prescrições; suas proposições são puramente factuais.  (OLIVEIRA, 2008, p. 98)

Porém, para estudiosos como Levy-Leblond e Marcuse, a neutralidade da ciência é visão romântica que não retrata a realidade. Jean Marc Levy-Leblond, ao receber o prêmio Thibaud da academia de Lyon em 1970 disse em seu discurso que, embora os avanços científicos tenham condições de contribuir para a melhoria da qualidade de vida, isto na prática não acontece, devido às estruturas sociais. Segundo ele, as classes dominantes buscam utilizar estes avanços em benefício próprio. Isto explica porque, mesmo com avanços na área médica, ainda há hospitais em situação degradante; mesmo existindo os recursos, estes não repassados para a pesquisa médica. Levy-Leblond nos faz lembrar que, embora entre os anos 1958 e 1968 a ciência tenha permitido à sociedade aumentar a produtividade industrial, isto não gerou uma melhoria nas condições de trabalho e foi preciso uma grande greve de maio-junho de 1968 para que os trabalhadores obtivessem alguma melhoria.  Embora estes argumentos sejam da década de 70 na França, podemos observar fatos semelhantes nos dias atuais (este discurso foi publicado em Lês Temps Modernes, nº 288, julio/70).

Mas poderíamos nos perguntar: Será que isto ocorre devido ao mau uso da ciência? Se sim, poderíamos pensar que a ciência é neutra já que o cientista apenas buscou o conhecimento e o disponibilizou para a humanidade? Quem é o responsável pelo mau uso da ciência: o cientista ou os grupos sociais?

Existem, de fato, dois ramos da ciência. Um é a ciência pura, ou seja, a ciência motivada pela curiosidade do pesquisador. O outro é a ciência aplicada, aquela que é desenvolvida com um objetivo prático. Para esta é comum que seus conhecimentos sejam utilizados por grupos sociais de acordo com seus interesses de forma a fazer com que estes grupos permaneçam dominantes reforçando, assim, a estrutura social.

Neste sentido, Hebert Marcuse, um influente sociólogo e filósofo alemão naturalizado americano_ que viveu 1898 a 1979, afirma ser de responsabilidade do cientista o uso que a sociedade faz da ciência e suas consequências sociais. Isto porque ciência e sociedade estão ligadas e este elo determina o progresso ou regresso da sociedade.

É fácil encontrarmos exemplos que confirmem a ideia de Marcuse. A indústria bélica, sob a falácia do patriotismo contou com a ajuda de muitos cientistas para criar armas de destruição em massa. A bomba atômica foi desenvolvida com o propósito de acabar com o nazismo na Alemanha. Hoje, a posse de armas nucleares é usada com objetivos econômicos como, por exemplo, no Oriente médio.

Com base nos estudos de Marcuse (2009), podemos dizer que as estruturas sociais às quais a ciência está subordinada acarretam o seu mau uso. Mesmo que o cientista busque a pesquisa pura, como ela se difunde por meio de publicações, por exemplo, ela estará disponível para os interesses mercadológicos, tornando-se, assim uma mercadoria. Por vezes acontece que o pesquisador, a fim de satisfazer suas necessidades sociais, busca pesquisar o que o mercado deseja conhecer e valoriza sua descoberta, colocando a ciência a favor da classe dominante. Mesmo as instituições de pesquisas ou universidades que, teoricamente, não estão subordinadas ao mercado, não praticam a ciência neutra porque são financiadas por organizações privadas ou pelo governo, ambos com interesses particulares e isto faz com que a ciência incorpore o universo político e busque atender as necessidades mercadológicas. (MARCUSE, 2009).

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